O Conto da Aia - Margaret Atwood
" Tudo o que é silenciado chamará para ser ouvido ainda que silenciosamente."
"O Conto da Aia", escrito por Margaret Atwood, é uma distopia que se passa em uma sociedade dominadora e patriarcal chamada Gilead. Nesse regime teocrático, a violência institucionalizada contra as mulheres é evidente: seus direitos são suprimidos, seus corpos são marcados e elas são exploradas como simples objetos.
Neste cenário distópico, a sociedade enfrenta escassez populacional e o surgimento de um regime religioso fundamentalista, estabelecendo uma estrutura hierárquica onde as mulheres são subjugadas. Essas mulheres são chamadas de aias, servas obrigadas a gerar filhos para os líderes, sendo submetidas a violentas agressões sexuais como parte de um ritual. Além de serem privadas de liberdade e marcadas pela opressão.
A protagonista do livro é Offred, uma aia designada para servir como reprodutora para um comandante e sua esposa. A narrativa é contada através dos olhos de Offred, mostrando sua luta para resistir à opressão e manter sua identidade em um ambiente extremamente controlado.
Margaret aborda temas como opressão, poder, controle social entre outros. A narrativa é envolvente, levando o leitor a refletir sobre questões importantes da atualidade, como a fragilidade dos direitos humanos e a luta pela liberdade individual.
Este livro estava na minha lista há muito tempo e o li em conjunto com uma colega. A obra é um pouco arrastada e não apresenta reviravoltas, mas estimula reflexões profundas. Minha amiga, que finalizou a leitura antes de mim, fez um comentário que reflete a realidade: após terminar o livro, você fica pensando que tudo aquilo pode acontecer a qualquer momento. Pretendo em breve ler a continuação.
"O Conto da Aia" é uma leitura impactante e imprescindível para quem deseja questionar e repensar as estruturas de poder e da negação dos direitos humanos básicos.
🤓
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