Mundo Literário da Carol

  " Tudo o que é silenciado chamará para ser ouvido ainda que silenciosamente." "O Conto da Aia", escrito por Margaret Atwood, é uma distopia que se passa em uma sociedade dominadora e patriarcal chamada Gilead. Nesse regime teocrático, a violência institucionalizada contra as mulheres é evidente: seus direitos são suprimidos, seus corpos são marcados e elas são exploradas como simples objetos. Neste cenário distópico, a sociedade enfrenta escassez populacional e o surgimento de um regime religioso fundamentalista, estabelecendo uma estrutura hierárquica onde as mulheres são subjugadas. Essas mulheres são chamadas de aias, servas obrigadas a gerar filhos para os líderes, sendo submetidas a violentas agressões sexuais como parte de um ritual. Além de serem privadas de liberdade e marcadas pela opressão. A protagonista do livro é Offred, uma aia designada para servir como reprodutora para um comandante e sua esposa. A narrativa é contada através dos olhos de Offred, m...

  A empregada vendeu mais de 400 mil cópias e teve os direitos negociados em 36 países Escrito por Freida McFadden, "A Empregada" é um thriller psicológico que te prende do início ao fim. A protagonista é Millie, uma empregada doméstica com um passado misterioso que inicia seu trabalho para uma família rica e sofisticada, os Winchesters. Millie acredita ter encontrado o emprego perfeito, porém nada na verdade é o que parece! No novo emprego, ela acredita que tudo enfim dará certo. Millie trabalha incansavelmente, cuidando da casa, indo buscar a filha do casal na escola, preparando refeições e atendendo a todos os desejos. Mesmo diante das provocações de Nina, que tornam a casa ainda mais bagunçada, Millie tenta não reclamar. No entanto, a realidade é bem diferente do que aparenta ser. Nina mente e manipula psicologicamente seu marido, que parece vulnerável. Millie prefere ignorar, pois não se sente em posição de questionar nada afinal, se descobrissem seu passado, o que poder...

Escrito por Annie Ernaux, "A Vergonha" descreve as lembranças de infância da autora a partir de um evento marcante em 1952, com uma escrita objetiva, detalhando sua convivência e rotina com os pais, sua vida em sociedade e a França dos anos 50. Annie partilha a dor e o desconforto da vergonha, explorando como esse sentimento afetou sua autoestima e sua visão de mundo. Além da experiência pessoal, a obra é um retrato vívido da sociedade francesa da época, expondo as rígidas normas sociais e o fardo sobre as mulheres. Através da escrita, Ernaux busca não apenas compreender a origem da vergonha, mas também se libertar dela. Através da escrita, ela reconstrói o passado, confrontando seus medos e traumas, e encontrou na escrita uma forma de se curar do passado. A obra foi ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura em 2022, é uma obra marcante e universal, que nos faz refletir sobre nossas próprias experiências e a questionar as normas sociais que nos moldam. Apesar de ser...